sexta-feira, 24 de maio de 2013

PREVIDÊNCIA PRIVADA: VALE A PENA INVESTIR?



            Muitos podem pensar que investir em Previdência é um luxo, coisa para ricos. Ledo engano. Ter uma previdência é uma verdadeira necessidade social, uma questão de sobrevivência para quem trabalha e deseja manter o mesmo nível financeiro quando não o puder fazer mais em razão dos mais diversos “riscos” sociais: idade avançada, doença, morte, etc.

            A palavra “previdência” tem origem no latim “praevidencia” e significa previsão, antevidência, precaução, cautela; ter previdência nada mais é do que guardar uma parcela de seus rendimentos para o futuro. Até mesmo no mundo animal é possível observar que algumas espécies são precavidas: a exemplo das formigas, que fazem uma grande reserva de alimentos para as estações de escassez. Numa sociedade complexa atual, cheia de incertezas e crises, é indispensável manter uma reserva para o futuro.

            A melhor previdência e a mais completa hoje no Brasil é o Regime Geral de Previdência Social – o RGPS – a administrada pelo Governo Federal, através do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Em regra, todas as pessoas que exercem atividade remunerada são obrigadas, por lei, a contribuir para o regime geral. Contudo, o sistema é considerado básico, tendo como limite máximo de benefício o valor de R$ 4.157,05, para o ano de 2013, é o chamado “teto” do INSS. Esse valor do teto é reajustado anualmente.

E quem aufere remuneração maior que R$ 4.157,05? O que fazer? Neste caso, o cidadão pode optar por vários tipos de investimento. Mas um dos mais seguros, sem dúvida, é contribuir para uma previdência privada. Qualquer pessoa pode investir num dos vários planos disponíveis no mercado. Os mais famosos são o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre); o primeiro é aconselhável para quem tem renda tributável e o segundo para os que não tem.

Se um trabalhador da iniciativa privada, um profissional liberal ou mesmo um empresário, que receba, por exemplo, R$ 8.000,00 por mês, ele deverá contribuir para a previdência oficial (INSS) até o limite já mencionado de R$ 4.157,05. Uma parcela do restante que sobrar, deve ser reinvestido, para que o trabalhador possa ter a mesma condição econômica num futuro próximo, quando deixar de trabalhar.

É aconselhável guardar uma reserva de, pelo menos, 10% do montante auferido. A maioria desses livros de autoajuda financeira, do tipo “como ficar milionário” ou “como conseguir seu primeiro milhão”, partem do princípio da previdência, que é guardar mensalmente um percentual de seus rendimentos. Para tanto, é necessário ter determinação e disciplina financeira para separar uma parcela de sua remuneração mensalmente.

Portanto, se você ganha menos do que quatro mil reais, o ideal é procurar contribuir para a previdência social, o INSS, que cobre quase todos os riscos sociais: doença, idade avançada, prisão, maternidade e morte; se você ganha mais do que isso, vale a pena, sim, investir numa previdência privada. Mas atenção: é bom ficar de olho nas taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras e/ou seguradoras. Uma taxa até mesmo de 0,5% (meio por cento) a maior pode fazer uma diferença enorme a longo prazo. Exija e verifique as taxas reais, de carregamento e a de gestão financeira, pois muitas vezes estas são “embutidas”, escondidas do consumidor na hora de fechar o plano.    

2 comentários:

  1. Doutor,
    Parabéns pela iniciativa!Tenho certeza que todos nós iremos fazer visitas constantes no blog!
    Sucesso!

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    1. Obrigado! Contamos com a sua participação e sugestões.

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